domingo, 28 de agosto de 2011

A UTILIDADE DAS IMAGENS!
É inegável o poder educativo da imagem:
É a arte a serviço da evangelização! a TV (imagem) não suplantou o rádio (palavra)? São Paulo não se converteu ao Evangelho graças à visão resplandescente de Cristo no caminho de Damasco?
DEUS - O PRIMEIRO ARTISTA - ELE NOS FEZ À SUA IMAGEM!

Uma imagem é muito mais do que uma simples pintura ou escultura: na verdade é qualquer coisa que permite excitar a nossa visão, nos transmite uma mensagem, um sentimento, uma lembrança ao vê-la, pouco importa se é uma escultura, um desenho, uma pintura, um objeto.
uma imagem - principalmente a imagem religiosa - encerra um sentido muito mais profundo do que o próprio objeto. Ela, sem precisar - necessariamente - fazer uso da palavra, consegue falar e sensibilizar as pessoas com muito mais facilidade que ótimos oradores, pois carrega uma linguagem própria que nem sempre precisa excitar nossos ouvidos.
 
Quantos homens também não se converteram por um simples olhar para uma imagem ou crucifixo mudos no interior de uma igreja? A Bíblia afirma que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26-27).
Vemos, assim, que o velho ditado "uma imagem vale mais do que mil palavras" é mais do que verdadeiro: 
PELO VISÍVEL SE CHEGA AO INVISÍVEL (cf. Col 1,15)
Ídolo não é - e jamais foi! - sinônimo de imagem. Ambos são distintos e inconfundíveis...
Ao contrário da imagem, que excita a vista, o ídolo é aquilo que substitui o único e verdadeiro Deus. Um bom exemplo, que confirma a nossa tese, é o episódio do bezerro de ouro narrado em Ex 32: como Moisés demorava para descer do Monte Sinai, os hebreus fugitivos do Egito não tardaram a confeccionar um bezerro em ouro, a quem cultuaram como se fosse o verdadeiro Deus.
Ora, a Igreja Católica é a única Igreja que possui ligação direta com os tempos apostólicos; ela também ficou responsável pela guarda do depósito da fé, em especial das Sagradas Escrituras.
Dessa forma, perceberemos que a própria Bíblia também defende o uso de imagens!
Veja-se, por exemplo: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5...
A Bíblia diz no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Jos 7, 6). Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel? claro que não!
Era do meio dessas imagens de anjos da Arca, que Deus falava a Moisés. (Êxodo 25,22)
O Povo de Israel estava cercado de nações pagãs, politeístas e idólatras; cultuava-se o sol, os astros, os crocodilos, os reis, os bois, etc. O verdadeiro povo de Deus devia se afastar de tudo isso pois era monoteísta!
Tentemos, agora, compreender porque a mesma Bíblia que proíbe, também permite a confecão de imagens.
Para isso, vamos recorrer a Nm 21,4-9, onde o próprio Deus ordena a Moisés a fabricar uma serpente de bronze para curar todos aqueles que para ela olhassem e tivessem sido picados por cobras no deserto.
Neste caso a imagem não serviu para afastar o povo de Deus, mas para aproximá-lo, para demonstrar o Seu poder, sem contudo fazer esquecer o real motivo das picadas: o descontentamento de Deus com a teimosia de seu povo (v.5). Deus pode manifestar seu poder através da água, do óleo consagrado, e também das imagens!
Na maioria das vezes, na Bíblia, ajoelhar-se ou prostrar-se significa veneração, homenagem, respeito, saudação, honra, reconhecimento, e não somente Adoração.  vejamos: Betsaida se ajoelhou e se prostou diante do rei.” (I Reis 1,16-22) Betsaida não adorou o Rei, mas o reverenciou.
Conferir também : 1 Samuel 25,23; 2 Samuel 14,4; 2 Samuel 14,22; S.Mateus 18,26; Números 22,31; Josué 7,6; 1 Crônicas 29,20
Há muitas passagens na Bíblia em que as inclinações e as prostrações significam humildade, súplica, reconhecimento e não adoração.
A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma pessoa ou objeto, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa.
Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus!
Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras, e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria! Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.
O fato de termos um único Mediador de Redenção, não significa que não podemos ter junto dele outros mediadores de intercessão. Se recorrer à intercessão dos santos prejudicasse a glória devida unicamente a Cristo Mediador, o Apóstolo Paulo não pediria, com tanta insistência, que seus irmãos rezassem por ele: “Rogo-vos, pois, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pela caridade do Espírito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a Deus” (Rom 15,30).
Quem venera uma imagem, venera a pessoa que nela está representada. Aquilo que a Bíblia nos ensina com palavras, as imagens nos anunciam com figuras visíveis.
A imagem re-presenta, ou seja, torna presente a pessoa simbolizada. Por isso podemos rezar diante das imagens como se estivéssemos diante das personagens que elas representam.
Todavia, não podemos confundir essa presença, que é meramente uma presença simbólica, com a presença real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Na imagem Jesus está presente como em um símbolo, na Eucaristia como realidade substancial. Por isso, diante do Santíssimo Sacramento fazemos genuflexão, diante de uma imagem fazemos o sinal-da-cruz ou uma simples reverência de cabeça.

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